Causas
A maioria das mortes súbitas são causadas por ritmos cardíacos anormais - arritmias. A arritmia mais comum, que implica risco de vida, é a fibrilação ventricular - disparo desorganizado de impulsos dos ventrículos. Quando isto ocorre, o coração é incapaz de bombear sangue e a morte ocorrerá dentro de minutos, se não for tratada.
Prevenção
Na presença de qualquer um dos fatores de risco para morte súbita cardíaca é importante falar com o médico sobre as medidas possíveis para reduzir os risco.
Manter acompanhamento regular com o médico, fazer mudanças do estilo de vida, tomar medicamentos prescritos e ter procedimentos de intervenção cirúrgicos são medidas que podem reduzir o risco.
Cuidados de Acompanhamento com o Médico
Para evitar futuros episódios de paragem cardíaca, o médico irá realizar exames de diagnóstico para determinar o que causou o evento cardíaco. Os testes podem incluir eletrocardiograma (ECG), monitorização em ambulatório, ecocardiograma, cateterismo cardíaco e estudos de eletrofisiologia.
Fração de Ejeção (FE)
FE é uma medida da percentagem (fração) de sangue bombeado (expulso) para fora do coração em cada batimento. A FE pode ser medida no consultório médico, durante um ecocardiograma (eco) ou durante outros testes, como cateterismo cardíaco, teste de esforço nuclear, ou uma ressonância magnética (RM) do coração. A FE de um coração saudável varia entre 55% a 65%. Pode ir para cima e para baixo, de acordo a patologia cardíaca e a eficácia das terapias que tenham sido prescritas.
Reduzir os Fatores de Risco
Na presença de Doença Arterial Coronária – ou mesmo na sua ausência - há mudanças de estilo de vida certas você para reduzir o risco de paragem cardíaca:
- Parar de fumar
- Perder peso
- Exercício regular
- Dieta pobre em gordura
- Gestão da diabetes
- Gerir outras patologias, como pressão arterial alta e colesterol
Pacientes e familiares devem conhecer os sinais e sintomas de doença arterial coronária e os passos a tomar na sua presença.
Medicamentos
Para ajudar a reduzir o risco de paragem cardíaca, os médicos podem prescrever medicamentos a pessoas que tiveram enfartes, que têm insuficiência cardíaca ou arritmias. Estes medicamentos podem incluir bloqueadores beta, bloqueadores do canal de cálcio e outros antiarrítmicos. Para os pacientes com colesterol alto e doença arterial coronária, podem ser prescritas estatinas.
Cardioversor-Desfibrilador Implantável (CDI)
Para as pessoas cujos fatores de risco as colocam em grande iminência de morte súbita, um CDI pode ser inserido como tratamento preventivo. CDI é uma pequena máquina semelhante a um marcapasso que é projetado para corrigir arritmias. Ele detecta e corrige um ritmo cardíaco acelerado. O CDI monitoriza constantemente o ritmo cardíaco. Quando detecta um ritmo cardíaco muito rápido ou lento, proporciona energia (um pequeno choque, mas poderoso) para o músculo cardíaco para fazer com que o coração bata a um ritmo normal de novo. O CDI também regista os dados de cada batimento cardíaco anormal, que podem ser vistos pelo médico. Pode ser usado em pacientes que sobreviveram a uma paragem cardíaca súbita e precisam manter o ritmo do coração constantemente monitorados. Pode também ser combinado com um pacemaker para tratar outros ritmos cardíacos irregulares subjacentes.
Procedimentos de Intervenção ou Cirurgia
Para pacientes com doença da artéria coronária, um procedimento de intervenção, tal como angioplastia (reparação de vasos sanguíneos) ou cirurgia de bypass podem ser necessários para melhorar o fluxo de sangue para o músculo cardíaco. Para pacientes com outras patologias, como a cardiomiopatia hipertrófica ou defeitos cardíacos congénitos um procedimento de intervenção ou cirurgia podem ser necessários para corrigir o problema. Outros procedimentos podem ser usados para tratar perturbações do ritmo cardíaco, incluindo cardioversão e ablação por cateter.
Quando ocorre um enfarte no ventrículo esquerdo, forma-se uma cicatriz. O tecido cicatricial pode aumentar o risco de taquicardia ventricular.
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